Eugène Delacroix era apaixonado pelo seu ofício e foi, essencialmente, um pintor de acontecimentos coletivos, por meio dos quais tentou transmitir, além de um pensamento, uma sensação.
Em seus diários, escreveu: Que adoração é esta que eu tenho pela pintura! Na ARTE, o êxito não consiste em abreviar, mas em ampliar, sempre que possível, em prolongar a sensação por todos os meios.
Por sua concepção e sua prática da cor, exerceu enorme influencia no século XIX. Defendia que era necessário estudar as cores em relação aos seus contrastes, independentemente das formas.
“O verdadeiro tom”, “o que constitui o valor e faz o objeto existir”, não é o tom local, mas o que ele chama de “meio-tom refletido”. Esse meio-tom é resultado de uma mistura que se obtém, diz ele, acrescentando-se ao tom primitivo a cor binária que lhe é oposta: ao azul acrescenta-lhe o laranja, ao amarelo o violeta, ao vermelho o verde”. Ou seja, “o verdadeiro tom” não é o efeito de uma imitação, mas de uma transposição.
Delacroix concedeu à cor o direito dela existir.
No Museu do Louvre encontram-se as obras que o consagraram: A liberdade guiando o povo, A barca de Dante e Os massacres de Scio.