Conhecer as cores através de suas mesclas é um dos primeiros exercícios que realizamos ao começarmos a pintar a óleo. Sabemos que, por mais ampla que seja a oferta, o mercado não abrange todos os matizes da Natureza.
A cor nunca é uma questão de quantidade e sim de escolha. O que mais conta na cor são as suas relações. Tudo é criação, inclusive a cor. Graças a elas e somente a ela , um desenho pode ser intensamente colorido sem que seja preciso acrescentar-lhe cor.
A pintura a óleo possui a valiosa propriedade de não ser alterada quando a cor se seca. Na própria paleta passamos a realizar a mescla de cores que aplicamos sobre a tela. E, por mais elementar que sejam, os efeitos que as cores provocam, são bem variados.
Em geral, as pessoas confundem o matiz de uma cor com o seu tom. Se chama tom a cada um dos graus de intensidade que tem qualquer cor. Esta escala de intensidades absorve desde a máxima luminosidade até o ponto mais escuro que pode apresentar uma cor sem perder sua identidade. Se fala de matiz quando uma cor começa a se converter em uma outra , ou seja, quando ela não é totalmente pura. Sobre o violeta podemos dizer que ela é uma cor principalmente com matizes azulados.
As cores se descrevem como cálidas ou frias. Em teoria, com as três cores primárias, vermelho, azul e amarelo se podem obter todas as cores do espectro.
Durante muito tempo, segundo alguns autores, a cor foi apenas um complemento do desenho. Para muitos pintores renascentistas, primeiro vinha o desenho, e depois eles acrescentavam as cores. De Delacroix a Van Gogh, e principalmente a Guaguin, passando pelos impressionistas, que desbravaram o caminho, e por Cézanne, é possível acompanhar a reabilitação da cor, a restituição de seu poder emotivo.
A cor só atinge sua expressão plena quando ela é organizada e quando corresponde à intensidade da emoção do artista.